quinta-feira, 6 de abril de 2023

ESCRITA TERAPÊUTICA 13.04.23

 1. Ainda terei oportunidade de conduzir minha inteligência artificial. Gostaria de viajar não só nas palavras, mas também por meio de uma máquina que me conduzisse para onde eu desejasse estar. Eu tenho uma inteligência natural? Por que ela é artificial? Por que o meu sistema foi desinstalado? Que comandos devo seguir? Se a língua natural já não suporta as agruras de uma gramática escolar, por que estou na escola? 

2. Escolher sempre me fez refletir sobre aquilo que estaria abandonando. Posso fazer duas coisas ao mesmo tempo? A minha ubiquidade ainda não chegou, ainda não sou eterno. Ser imortal em uma academia não me dá um sentido marcante, somente palavras enfeitadas, dignas de uma literariedade questionável. A mente ultrapassa o devir sintático, mas esse devir não é sintático. É louco, é estranho, é plural. 

3. Meus pais gostariam que eu passasse a limpo a minha vida. 

4. Não consigo me ver fazendo trabalhos em um hospital. E um lugar de repouso, de tranquilidade. Qualquer coisa que me aconteça, estarão ali todos os profissionais para me darem medicamentos literários. E o que é literatura nesse contexto? Será que as palavras poderão ser condensadas em potes, seringas ou caixas? É claro que sim! Depende do mundo que você cria, que eu crio, que (n)a interação cria.  

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